sexta-feira, 21 de novembro de 2008

De olho na medida da cintura!

As gordurinhas em volta da cintura podem aumentar dramaticamente o risco de morrer mais jovem, mesmo que o peso total da pessoa seja normal, segundo pesquisadores britânicos. Um estudo envolvendo quase 360 mil pessoas de nove países europeus e publicado na revista acadêmica New England Journal of Medicine descobriu que o tamanho da cintura é um "indicador poderoso" de risco.
A ligação entre gordura ao redor da cintura e problemas de saúde foi estabelecida há algum tempo, mas o tamanho do estudo dá aos cientistas um quadro mais preciso. Os pesquisadores sugerem que os médicos deveriam medir a cintura de seus pacientes regularmente como uma maneira rápida e barata de avaliar a sua saúde. Os pesquisadores, incluindo alguns do Imperial College, em Londres, acompanharam voluntários, que tinham em média 51 anos no início da pesquisa, por 10 anos. Nesse período, 14.723 deles morreram.
A medida padrão de obesidade, o Índice de Massa Corporal (IMC), continua sendo um dado importante ao analisar os riscos à saúde, e, segundo os pesquisadores, aqueles com um índice alto são mais propensos a morrer de doenças cardiovasculares ou câncer. Mas tanto a proporção quadril/cintura - número produzido ao se dividir o tamanho da cintura pela medida do quadril -, como apenas a medida da cintura, parecem ser bons indicadores para descobrir quem tem um risco ainda maior. Na pesquisa, algumas pessoas que tinham um IMC normal, mas uma cintura maior do que a média, tinham um risco maior de morte prematura.
Nos pontos extremos dos resultados, homens com cinturas com mais de 119 cm tinham o dobro da taxa de mortalidade comparado com aqueles com cinturas com menos de 80 cm. Um dado semelhante foi verificado em mulheres com cinturas com mais de 99 cm comparado com as que tinham uma cintura com menos de 64,7 cm. Um aumento do risco de morte podia ser verificado cada vez que a medida aumentava em 5 cm - comparando duas pessoas com o mesmo IMC, cada 5 cm aumentava o risco em 17% em homens e em 13% em mulheres.

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